sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O Amor, ou A Falta Dele

Hoje decidi ouvir música ao invés de continuar contaminando a minha mente contra tudo e contra todos assistindo o jornal da noite. Resolvi dar um tempo e retomar um hábito que estava esquecido, mas que a horas já vinha pedindo pra voltar. Resolvi dar ouvidos ao meu pensamento inquieto e que sempre coloquei alguma ordem escrevendo por aqui.
Meu blog sempre foi guiado pelo amor de pessoas por outras pessoas. Pelo DOM que o amor tem de envolver quem está de olhos e braços abertos. Nunca ele antes se contaminou pela falta de amor. Embora tantas vezes eu tenha tropeçado na vida, nunca abri mão de escrever sobre amor. 
Mas hoje eu confesso que a ausência dele tem me perturbado. Ausência, no sentido mais amplo da palavra. Não a ausência de pessoas para amar, porque existem centenas de maneiras de amar e eu tenho inúmeras a minha volta as quais eu dedico meu amor. 
Mas pense comigo: quantas pessoas você conhece que colocam amor naquilo que fazem? Que transparecem amor? Que oferecem amor? Não inclua na lista seus pais, avós e irmãos... Pense nas pessoas com quem você cruza na rua, que você está conhecendo, que trabalham com você. Pense nas pessoas com quem você não tem um vínculo sanguíneo. Quantas dessas pessoas olharam nos seus olhos quando dirigiram a palavra a ti? Quantas delas estão, realmente, interessadas na sua resposta?
É mais fácil lembrar agora daquela pessoa que nem sequer agradeceu a sua gentileza de dar passagem e segurar a porta. Ou daquele atendente do mercado que não conseguia disfarçar o quão insatisfeito por estar ali, no seu próprio trabalho. Ou aqueles que destilam ódio nas timelines da vida.
Esqueceram a afetividade, o respeito e a tolerância . E não me convenço que a culpa seja da falta dele. Porque é tão simples olhar nos olhos e estar presente. Tão simples interpretar alguns sinais das pessoas. Praticar um pouco de empatia, como fazem as pessoas sedutoras.
E sabe o que fazem as pessoas sedutoras? Elas prestam atenção no outro. Devolvem aquilo que a pessoa demonstra. Utilizam todos os seus sentidos: tato, audição, olfato, visão e paladar. Colocam o outro como o centro de sua atenção naquela hora. Não economizam doação!
Enfim, o amor que guia este blog e as minhas palavras escritas. O amor, que até mesmo quando falta, inspira e alimenta as pessoas.

(este texto começou a ser escrito a mais de um ano. Desenferrujando, para um novo projeto)

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Estava Tudo Lá

Ele apareceu duas vezes, num mesmo dia.
O que era incomum, já havia um tempo.
A ausência já se fazia esquecimento...
Mas... Naquele dia, Estava tudo lá.

Ela buscou saber o que o fazia dele presente outra vez.
Por um instante, pensou que ele tivesse mudado sua rotina repentinamente.

Mas não... Estava tudo lá
Exatamente igual
Exatamente como ela não desejava que estivesse
... Inclusive o Amor que ela sentia por ele.