sábado, 20 de março de 2010

Filhos de Woodstock

 

Woodstock_music_festival_poster

Faço parte de uma geração que acredita no amor “desacreditando”… É isso mesmo! Difícil de entender, mas fácil de observar. É só comparar: nossos pais, nós (da década de 70), e o pessoal da década de 80. Nos extremos, diferenças significativas de comportamento… do conservadorismo a liberação total. E o “meio”… pensa o quê?

Somos pós Woodstock Music & Art Fair  – tradicionalmente conhecido como “Festival de Woodstock”, símbolo máximo do movimento hippie e do “amor livre”. Portanto, arrisco pensar e dizer que somos uma geração de “transição”, que ainda tem muitas dúvidas do que, realmente, deseja.

Oscilamos entre os mesmos desejos dos nossos pais e a necessidade de quebrar as regras e  definir novos padrões de sociedade. Por exemplo, amar o que e a quem? “Casar ou comprar uma bicicleta?” ou ainda… Casar ou simplesmente amar?

É tão fácil viver todas as experiências possíveis… Que, dar importância para o “convencional”,  nos parece tão simplório.

O certo é que cada dia percebo mais pessoas da minha idade questionando suas próprias escolhas, voltando atrás, desejando mudar tudo a toda hora. Querendo amor e liberdade. Amedrontados pela velocidade das coisas, as cobranças da sociedade e seus próprios desejos.

Não toleramos relacionamentos mornos  e sufocantes. Desejamos grandes paixões. Falamos pouco de amor, menos ainda de filhos… como se isto nos tornasse frágeis aos olhos alheios. Queremos sucesso profissional, mas detestamos nossa falta de tempo para “viver” de verdade. Não gostamos de dar satisfações, mas somos cobrados o tempo todo.

O fato é que temos consciência do que não queremos, mas ainda não temos certeza do que queremos. Se isso já é um começo??? Não sei…

2 comentários:

Unknown disse...

É isso mesmo, Mê, sabemos o que não queremos mas temos duvidas imensas sobre o que realmente queremos. Ficamos tontos, no meio do caminho, sem saber O QUE desejar. Maravilhoso como sempre, bjs

DCS disse...

caramba. Sem palavras. Ia comentar, mas resolvi me recolher e apenas ler de novo e de novo. Sem palavras.