domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Leveza do Amor

 

Era difícil descrever o que havia entre Luísa e Daniel… Nem amigos, nem namorados…

O fato é que havia entre eles uma energia muito intensa. Nada que pudesse ser explicado. Esta, é claro, uma sensação dela.

Luísa percebia nele uma infinidade de características que ela admirava. Podia até dizer que ele era o melhor exemplar da raça masculina que ela já havia conhecido. Mas, a que mais admirava, era sua habilidade com as palavras. Eles se viam pouco, mas, de certa forma estavam sempre atentos ao que se passava no coração do outro…

Cada vez que encontravam-se, por acaso, o peito dela apertava e deixava uma sensação que só havia experimentado na adolescência. Sentia o sangue no rosto e ficava um pouco atrapalhada com as palavras… Mas, quando marcavam um encontro, ela estava mais segura e sabia exatamente o que dizer…

Tudo que acontecia naquelas horas que passavam juntos era leve. Um toque carinhoso, sorrisos despretensiosos, as sensações a flor da pele. O coração dele sempre batendo acelerado… E o desejo de Luísa era de que o relógio parasse ou que pudesse repetir tudo outra vez… exatamente daquele jeito. Sem mudar nada.

Não era uma daquelas histórias de amor com começo, meio e fim. Mais parecia uma poesia que exaltava a pureza das sensações provocadas pela paixão… Era intenso, mas desencontrado. Era a parte boa dos sentimentos entre duas pessoas. Não havia expectativas… muito menos decepções. Não haviam cobranças… nem dores… muito menos rotina.

Certamente, Daniel seria sempre admirado por Luísa. Ele… nada mais era do que a materialização dos desejos dela. E, como não seguiam juntos, nunca poderia quebrar este encanto.

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