quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Doce Conversa com o Poeta...

Não por acaso a vida coloca em nosso caminho pessoas como esta...

Outro dia conheci um velho homem. Profissão: Poeta e "anjo", provavelmente. Ele estava sentado na mesa ao lado, num destes tradicionais cafés de Porto Alegre. Lia o jornal do dia e observava atentamente as pessoas que entravam e saiam daquele lugar. As mãos eram brancas e leves. Muito leves. Faziam movimentos suaves e hipnotizantes.
Eu estava, como na maioria das vezes, agitada com o trabalho. Falando ao celular e respondendo uns mails... Até que o velho homem perguntou-me as horas. Por sorte! A partir desse momento o dia mudou de cor.
Ao responder-lhe as horas, o velho agradeceu e pediu lincença para fazer uma pergunta:

- Teus olhos e teu sorriso estão desencontrados. Dizendo coisas opostas! Por que eles não se conversam mais?

Naquele instante eu não soube responder e permaneci olhando para suas mãos. Ele então me contou um pouco da sua vida e perguntou-me se eu sabia de onde, na grande maioria das vezes, saiam as idéias de um poeta. Respondi que não e pedi que ele me falasse... e se bem entendi, escrevo por aqui, com o devido consentimento.

"
É dos AMORES e DESAMORES.

E eu, disse o velho homem, te darei apenas um pequeno conselho:
- Não jogue nada fora agora! Mesmo que pareça lixo. Depois você vai entender! E escreva... Porque tens um sorriso de criança... mas os olhos de um poeta!"

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